Pandemia: Vale a pena alugar um imóvel para instalar uma empresa?

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Muitos empreendedores sentiram o peso do valor dos aluguéis na gestão de seus negócios, durante a pandemia do novo coronavírus, em 2020.

Tanto que alguns fecharam as portas definitivamente, ou passaram a atuar apenas no mercado virtual.

Diante deste novo cenário, vale a pena alugar um imóvel para instalar uma empresa?

Além disso, quais os cuidados é preciso ter antes de alugar um imóvel comercial sem impactar negativamente o fluxo de caixa e capital de giro?

As dúvidas citadas são pertinentes, pois muitos negócios podem ser reformulados – ou já nascerem – sem a exigência de um espaço físico que gera elevados custos para a empresa ou empresário.

Se antes a escolha do imóvel comercial, ou ponto de venda (PDV) físico, era necessidade, hoje ter um local para instalar um negócio lucrativo deixou de ser crucial.

Dados

Ao observarmos a realidade do início de 2020, antes da pandemia da covid-19, era possível perceber como a cultura do empreendedorismo ainda valorizava mais a gestão tradicional.

Muitos eram os que apostavam em bons pontos de venda física para seus negócios.

Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que é usado no reajuste dos contratos de aluguel, registrou inflação de 0,57% na segunda prévia de janeiro deste ano.

Com isso, o IGP-M acumulou taxa inflação de 7,91% em 12 meses.

Esse cenário de alta no valor dos aluguéis mudou com o fechamento de lojas imposto pelo isolamento social, durante a pandemia de 2020.

Com isso, o número de imóveis vazios e disponíveis para aluguel aumentou.

De acordo com a Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC), antes da pandemia do coronavírus, o percentual de vacância era de 18%. O índice chegou a 24% em julho.

Saída para empresários 

Com lojas fechadas, muitos negócios tiveram o faturamento em queda no primeiro semestre de 2020.

Por isso, essa perda de renda fez muitos empresários buscarem a  renegociação dos aluguéis.

A Agência Brasil divulgou que um levantamento da AABIC os descontos nos aluguéis variaram entre 10% e 50%, por períodos de aproximadamente três meses.

Novo cenário para locação comercial

Como os modelos de negócios tradicionalmente “físicos”, ou seja, realizados por meio da ida do cliente até a empresa para aquisição de produtos e serviços, tiveram que fechar as portas durante a pandemia, a solução para sobreviver foi se adequar ao digital.

A inclusão dos empreendimentos que já existiam no universo de vendas online, e-commerce.

Vários modelos de negócios conseguiram se adequar.

O home office, o trabalho remoto, passou a ser realidade para quem podia exercer as atividades fora do escritório, com ajuda da internet.

Com os empregados em casa, mas trabalhando, custos como luz, alimentação, água – até o cafezinho fornecido na empresa – foram cortados.

Esse novo cenário possibilitou a reflexão para muitos donos de negócio.

Alguns passaram a deixar de lado o aluguel tradicional – mais elevado – para usar estruturas mais enxutas ou compartilhadas (como coworking).

Abrir empresa pós-pandemia

Se para negócios já presentes no mercado a opção foi a inserção no mundo do comércio digital, renegociação para redução do valor de aluguéis e migração para espaços menores e ajustados à nova realidade, para quem quer abrir uma nova empresa o caminho pode ser um pouco diferente.

Quem decide criar um novo CNPJ a partir desta nova realidade de mercado pós-pandemia, pode já fazer planos de negócios e planejamento estratégico que contemple modelos de negócios com processos mais “modernos”.

A rotina da empresa pode incluir mais a internet e o trabalho remoto, trabalho híbrido com expedientes que variam entre o home office e o trabalho presencial, ou mesmo fazer tudo de modo online.

Claro que nem sempre isso é possível, mas sempre há como fazer ajustes advindos do emprego da tecnologia.

Por exemplo, um restaurante vai precisar de um ponto físico para produção dos alimentos, mas pode deixar de precisar da locação de um salão amplo para apenas uma boa cozinha, de onde saem os pedidos para delivery via aplicativo de celular.

Registro de endereço

Outro aspecto é o registro de endereço da empresa.

Quando se decide abrir uma empresa do zero é válido consultar contadores especializados, pois eles podem indicar os melhores caminhos a serem seguidos para formalização empresarial e criação do seu alvará de funcionamento.

No caso do endereço fiscal, ele é usado para registro da empresa.

Entretanto, nem sempre está relacionado com o local onde serão realizados os serviços, ou vendidos os produtos.

Sendo assim, é possível fazer o registro de endereço fiscal em um coworking, por exemplo.

Há ainda a possibilidade – para alguns tipos de MEI – de registrar o endereço domiciliar para seu negócio.

Mais uma vez vale a ressalva: consulte um contador para formalizar o negócio.

Esse tipo de registro de endereço reduz os custos com a locação de imóveis, mas para isso é preciso planejar o negócio e investir em modelos que permitam aquisição de clientes e vendas pela web.

Lembrando que – por mais que se trabalhe em um escritório virtual, coworking ou em casa – ao formalizar uma empresa é possível ter vantagens como a emissão de notas fiscais, boletos e ordens de serviço, por exemplo.

Conclusões

Em resumo, o novo cenário desenhado após a pandemia de covid-19 permite que os negócios busquem soluções mais digitais e reduzam a dependência dos imóveis comerciais para existirem.

Até mesmo grandes lojas podem vender apenas de modo web, prestadores de serviços podem ir até a casa de clientes ou trabalhar em espaços menores.

Independente do caso, vale avaliar para reduzir custos.

Fonte: Fox Manager

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