De Xangai a Bristol, analisamos seis cidades que visam negócios internacionais, oferecendo vários benefícios para empresas que buscam expandir-se no exterior
Com ofertas tentadoras, que variam de espaço de escritório flexível (você consegue adivinhar quais países são melhores para isso?) e incentivos financeiros a estilos de vida que tornam mais fácil para as empresas atrair e reter os melhores talentos globais, essas cidades estão se esforçando para entrar no nível dos melhores lugares para se fazer negócios.
Bristol
Uma cidade que realmente abre um caminho no contexto de startups do mundo é Bristol. Tanto que uma pesquisa publicada recentemente pela agência de marketing Yours Sincerely considerou Bristol o melhor lugar para começar um negócio no Reino Unido.
Aninhada no sudoeste da Inglaterra, as conexões de transporte proporcionam fácil acesso ao País de Gales, além de Londres e a região sudeste.
Com o espaço de trabalho sendo 56% mais barato do que em Londres, em média, o relatório também citou velocidades de conexão à internet, tempos de deslocamento e o número de startups que já estão aparecendo por lá como razões para sua posição superior. Atualmente, a Regus possui cinco centros na cidade, com mais três em áreas vizinhas.
Em janeiro do ano passado, a O’Neill & Brennan decidiu mudar seu escritório de Cheltenham para estabelecer uma nova instalação na Regus em Bristol. Will Keenan da O’Neill & Brennan saudou Bristol como uma “cidade vibrante”.
“A flexibilidade que se obtém ao trabalhar com a Regus tem sido fundamental para o nosso crescimento”, acrescentou. “Tanto que abrimos um escritório adicional na Regus em Cardiff e estamos no processo de abrir um novo escritório em uma das instalações em Exeter.”
“Desde que nos mudamos para Bristol, temos observado um crescimento anual com um faturamento de £ 2 milhões no primeiro ano e, com nossas novas localidades preparadas para novas oportunidades de negócios, o faturamento está previsto para dobrar, chegando a £ 4 milhões este ano.”
Xangai
O boom econômico da China nas últimas décadas não é segredo, com Xangai perfeitamente posicionada para qualquer empresa que queira se envolver com a história de sucesso chinesa.
Sem dúvida, uma das maiores atrações para as empresas se mudarem para Xangai é sua Zona de Livre Comércio. Lançada em 2013, a Zona de Livre Comércio de Xangai (SFTZ) é essencialmente um conjunto de políticas econômicas liberais semelhantes às de Hong Kong, mas aninhadas no continente. Projetada em parte para atrair e acolher negócios estrangeiros, permite que os investidores estrangeiros não precisem mais investir 15% em três meses e 100% em dois anos.
No ano passado, a mineradora Anglo American mudou sua operação chinesa de Pequim para Xangai. “Com a crescente importância do estreito relacionamento com os clientes locais e a importância da região, no ano passado estabelecemos uma entidade comercial local na China e abrimos nosso novo escritório em Xangai, saindo de Pequim,” explica Heike Truöl, chefe de serviços comerciais da Anglo American. “Essa mudança nos permite estar mais próximos de muitos de nossos clientes, fornecedores/prestadores de serviços e importantes partes interessadas do setor.”
São Paulo
Como uma das cidades mais ricas do mundo, São Paulo é o principal centro comercial e industrial da América do Sul. Portanto, não é surpresa que muitos dos bancos do mundo tenham sua sede da América Latina lá, assim como grandes empresas como a Netflix. Há também um ambiente próspero de startups e a cidade possui um campus da Google.
Recentemente, o Brasil flexibilizou suas leis trabalhistas ao permitir a contratação de pessoas em regime de meio período, o que apresentou à Odgers Interim, uma empresa que oferece gerentes temporários, a oportunidade perfeita para iniciar seus negócios na cidade.
Luiz Wever, sócio-gerente e CEO da Odgers Interim e Odgers Berndtson no Brasil, diz que a digitalização de muitos dos maiores negócios da cidade, administrados tradicionalmente por famílias, resultou na criação de uma próspera “gig economy” profissional, que forneceu as condições perfeitas para a expansão.
“Transformação digital, especificamente, tornou-se a palavra de ordem para o ambiente de negócios da cidade, seja em bens de consumo ou de produção industrial,” diz ele. “Um número cada vez maior de grandes empresas familiares procura profissionais altamente experientes para desenvolver e implementar estratégias de mudança digital, mas não precisa necessariamente que esses indivíduos permaneçam após a conclusão dos projetos.”
Dallas
Tradicionalmente associada à indústria do petróleo, Dallas está rapidamente conquistando a reputação do Vale do Silício do Sul e foi apelidada de “Pradaria de Silício”, e pertence ao estado com o maior número de trabalhadores de tecnologia no sul dos Estados Unidos, ficando em sexto na lista das 20 principais “cidades tecnológicas”. Benefícios como a isenção de imposto estadual, aeroportos internacionais e uma força de trabalho diversificada são uma proposta atraente e a cidade tem um custo médio baixo para a compra de imóveis.
“Como Dallas tem uma das maiores taxas de crescimento de empregos do país, 4,1%, está atraindo talentos fantásticos,” diz Zoe Morris, diretora de operações do Frank Recruitment Group, um recrutador global da área de tecnologia que abriu seu escritório em Dallas em 2017. ”Estamos vendo muitas pessoas, principalmente pessoas formadas e da geração Y, migrando para a área a fim de promover suas carreiras, e isso é uma ótima notícia para as empresas que buscam as habilidades necessárias para competir no contexto empresarial moderno.”
Amsterdã
A Forbes posicionou a Holanda em terceiro lugar em sua lista dos dez principais países para negócios globais em 2018, citando abertura econômica, proficiência em inglês e um centro estratégico para acessar mercados europeus entre as razões para isso.
Sua capital, Amsterdã, é uma cidade verdadeiramente global, com a maioria dos residentes falando inglês, enquanto que sua localização na Europa a torna bem posicionada como um centro de negócios continental.
A Frank Recruitment também abriu um centro em Amsterdã no ano passado. “Amsterdã está a um mundo de distância de Dallas, mas muitas das coisas que tornam a operação em Dallas uma experiência tão positiva também podem ser encontradas em Amsterdã: grande apoio às empresas, por exemplo, e um ambiente tecnológico realmente robusto,” explica Zoe Morris.
“Quando procuramos lugares para estabelecer raízes, sempre procuramos lugares que ofereçam um padrão de vida excepcional para nossa equipe, e Amsterdã faz jus a isso. As pessoas trabalham duro, mas há um bom equilíbrio entre vida profissional e pessoal.”
Joanesburgo
Com a África passando por um boom no comércio e desenvolvimento nos últimos anos, o governo e a economia relativamente estáveis da África do Sul a ajudaram a se tornar a porta de entrada para os negócios no continente.
Joanesburgo tem sido o maior destinatário de investimento estrangeiro direto da região. Um de seus principais pontos de venda são suas fortes conexões de transporte. O Aeroporto Internacional Oliver Tambo, o maior e mais movimentado aeroporto do continente, fica a apenas 20 minutos de trem do centro.
Os gigantes da tecnologia americana Facebook, Google e Microsoft também estabeleceram bases em Joanesburgo, enquanto que o subúrbio de Braamfontein emergiu como um centro digital.
“Há uma quantidade enorme de espaços de escritório e talentos em Joanesburgo,” diz Colin Farquhar, CEO da Exterity, uma empresa escocesa de tecnologia de vídeo com escritório local em Joanesburgo. “No entanto, aconselhamos primeiro a realização de uma parceria com empresas locais para ajudar a entender as condições de investimento e comércio da África do Sul antes de abrir um escritório local.”
Fonte: Blog Regus